Direção: Lucy Walker,
Codireção: João Jardim, Karen Harley
Produção: Angus Aynsley, Hank Levine
Coprodução: Peter Martin
Produção executiva: Fernando Meirelles, Miel de Botton Aynsley, Andrea Barata Ribeiro, Jackie de Botton
Música: Moby
Edição: Pedro Kos
Direção de fotografia: Dudu Miranda
Codireção de Fotografia: Heloisa Passos, Aaron Phillips
Mixagem de som: Aloysio Compasso, José Lozeiro
Dduração: 99 minutos
Formato: RAIN
Som: Dolby Digital 5.1
Janelas: 1:85
COMENTÁRIO PESSOAL
O documentário explana sobre a diversidade cultural que existe em meio ao lixão, como os homens e mulheres recicladores, diante de sua simplicidade, exploram o ofício de catar o lixo para a reciclagem. Em meio aos resíduos sólidos se dispersam homens, na maioria, negros e pardos de baixa escolaridade, as pesquisas mostram que 24, 5% dos homens de até 25 anos, tem o ensino fundamental completo e que o Nordeste é a pior região do país, segundo dados do IPEA. Em meio a esse campo de concentração, diante do contexto da educação, vislumbramos uma heterogeneidade, um multiculturalismo que envolve essas pessoas consideradas invisíveis aos olhos sociais. Não tiveram oportunidades, nem condições de estudar, muitos estão desempregados e recorrem aos lixões em busca de continuarem sobrevivendo, estima-se que 1,5 milhões de pessoas no Brasil, dependem do lixão para sobreviver, estão em torno de 400 mil catadores.
Com a renda das vendas dos quadros foi aberto um centro de ensino para os catadores de lixo.
Ao pensar sobre a situação pedagógica dessas pessoas, devemos respeitar a individualidade de cada um. No documentário, os catadores que participarem daquele programa, sentiram-se incluídos e importantes em seu meio. Aprenderam a valorizar seu trabalho e se sentiram, também, valorados como pessoas. Na sala de aula, como professores, essa realidade e a diversidade cultural é de suma importância e cabe a nós saber atender e compreender suas histórias de vida, esse currículo oculto que vem em cada indivíduo, buscando planejar atividades que sejam interessantes e de acordo com suas necessidades e especificidades, de forma dinâmica a concretizar seus anseios, respeitando suas desigualdades.
Em sala podemos trabalhar o multiculturalismo, o meio ambiente, a reciclagem, a poluição, a saúde e a prevenção de doenças. Poderíamos inclusive construir grupos para uma aprendizagem baseada em problemas, com os mais jovens e os mais velhos.
Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
PLANO DE AULA
OBJETIVOS: Apresentar e fixar conteúdos sobre o lixo e seus efeitos no meio ambiente, sobre artistas que trabalham com a técnica de Vik Muniz(assemblage), sobre a estética da acumulação na história da arte do século XX. Desenvolver senso estético, de planejamento, cooperação, motricidade.
INTERAÇÕES : Artes, Ciências, Português e História.
TEMPO: 7 aulas de 50 minutos (com a atividade prática)
MATERIAIS
Pistolas de cola quente e refis
Arame de alumínio
Alicates
Rolo de barbante
Suportes diversos (placas de papelão, sucatas, tampas de garrafas e outros)
Procedimento:
1 – Separar o grupo em subgrupos de 5 alunos. Cada subgrupo deverá discutir um problema atual e/ou específico e anotar em uma folha, que servirá como guia do projeto.
2 – Perguntar se a turma sabe o que é assemblage. Através de pesquisa no computador estudariam sobre imagens e o significado delas, permitindo que cada aluno comentasse. Questionar sobre os materiais e objetos para realizar tal obra. Se o significado foi modificado e como. Todos irão dar forma artística aos problemas evantados pelos subgrupos, usando a técnica da assemblage, e que irão organizar uma exposição para a comunidade escolar, pais e amigos, na mostra cultural da escola.
3 – Orientar a pesquisa dos alunos na sala de informática da escola. Fazer um paralelo com outros conceitos e obras.
4 – Os alunos devem listar os materiais que vão usar nos seus trabalhos na folha que serve de guia do projeto, a partir do que tenha m em casa ou materiais recicláveis que possam trazer para sala de aula. O professor informa se é possível ou não usar tais materiais e solicita que cada subgrupo traga uma caixa de sapato para organizá-los.
5 – O professor deve orientar e acompanhar os subgrupos, incentivando-os a dar forma aos problemas escolhidos. Se preciso, o professor deve sugerir materiais, suportes, mas nunca o que fazer. As produções devem estar em andamento.
6 – O professor deve dar uma pausa e apresentar novamente as reproduções das assemblages. Questionar os alunos sobre quais problemas os artistas encontraram para construir suas obras e sobre as especificidades do material. O professor deve estar atento aos materiais utilizados. Combine um prazo de entrega das produções.
7 - Finalizado o processo das produções, todos os trabalhos serão expostos à visitação dos demais atores da escola e os pais e cada grupo irá explicar sobre suas criações, lembrando a todos o dever de serem respeitados em seus trabalhos uns pelos outros.
8 – Para expor os trabalhos cada grupo nomeará o trabalho e cada um deverá ter um suporte com o título, nome dos autores, materiais usados e um breve texto de apresentação do trabalho. O grupo elabrará um cartaz informativo para a exposição.
Avaliação: Compreensão sobre cidadania do lixo,
REFERÊNCIAS:
http://helenfarias.blogspot.com.br/2013/10/resenha-do-filme-lixo-extraordinario.html
http://www.lixoextraordinario.net/filme-codiretor.php
Revista Arte Educa nº 02 A crítica por meio do lixo, pag. 10 - - Empresa Brasil e Revistas Ltda
Revista Guia prático do professor nº140, pág 10. – 2d Editora
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